Durante a semana, dezenas de cartazes foram distribuídos por Nova Iguaçu e Belford Roxo. Blogs, Twitter, Orkut
e You Tube foram apropriados como importantes ferramentas. O motivo?
Convocar a população da Baixada a comparecer na rua Aguapei, nº 187, no
bairro Piam, em Belford Roxo: o Centro Cultural Donana.
Às 19 horas, haverá a exibição gratuita do documentário “Herbert de
perto”, lançado em outubro nas grandes salas de cinema do Rio de
Janeiro. A presença do diretor Pedro Bronz está garantida para um
bate-papo com os espectadores, além de muita música, produzida pelos
músicos que se manifestarem para tal – os instrumentos estarão
disponíveis e o repertório já é certo: Paralamas do Sucesso.
O contato com a TvZero, produtora do filme, foi feito através de Marcio Graffiti, do Coletivo Anti Cinema,
que apoia e conhece a trajetória do Centro Cultural, por onde já
passaram os paralamas Bi Ribeiro e Herbert Vianna, por conta de
parcerias com a extinta banda Negril. Dida Nascimento é um dos músicos
que integravam o grupo, que impulsionou o movimento reggae na Baixada
Fluminense nos anos 80, simultaneamente com o marco cultural
representado pelo Donana, que foi reativado no início de 2009. “O que a
gente está fazendo não é pra gente, mas sim pra comunidade. Se a
comunidade não vem, perde um pouco o sentido”, declara Dida.
Em entrevista, Marcio conta sobre o apoio ao evento, que se iniciou com um “simples” enviar de e-mail. Leia a seguir:
Cultura NI: O que te motivou a enviar o e-mail à TvZero, solicitando a exibição do filme no Donana?
Cultura NI: Quando enviou, esperava que tivesse o retorno que teve - atraindo até o diretor para um debate?
Marcio Graffiti: Não
custava nada mandar um e-mail e tentar receber um sim ou não. Graças a
Deus recebemos sim. E tudo que é bom atrai coisas boas. Para mim, o
Donana é a coisa boa e com certeza ele sempre irá trazer coisas boas,
para um espaço de pessoas que lutam por algo diferente. Se o diretor
virá é sinal que a gente tá no caminho certo: o caminho da humildade e
do fortalecimento juvenil e histórico para a nossa Baixada.
Cultura NI: Como acha que a população - sem contar com o público já
fixo do Donana e as pessoas envolvidas com cinema - receberá o evento?
Qual a importância para a Baixada Fluminense?
Marcio Graffiti:
Acredito que é o grande ganho para a volta do Donana. Chegou a hora de
mostrarmos ao mundo o que foi e o que será o novo Centro Cultural
Donana. Eu considero aquele espaço sagrado. E como eu disse, é um espaço
de pessoas que querem causar impacto e suar a camisa por algo
diferenciado e cultural na Baixada Fluminense. O Coletivo Anti Cinema é
apenas um apoiador desse trabalho que será realizado no dia 12. Fico
muito feliz com tudo isso e acredito que a comunidade acredita no
Donana. Pois aquele espaço foi um marco na rua Aguapei. O filme do
Herbert não foi e nem seria exibido na Baixada Fluminense, mas nós
enviamos o e-mail e ele será exibido, sem apoio de governo federal ou
municipal. A revolução veio de baixo e sempre virá de baixo. E, como
diria o irmão Emicida: “Por que nós? Ou melhor, por que não, nós?”.
Acredito que tem que ser de nós para nós, da comunidade para a
comunidade. E o Coletivo Anti Cinema quer estar do lado da comunidade.
Sempre!
Rua Aguapei, nº 197, Piam
Belford Roxo - Rio de Janeiro
Pontos de referência:
- Mercado Vianense
- Drogarias RJ
- Colégio Estadual Presidente Kennedy
Ônibus que passam pela Av. Retiro da Imprensa:
- 205 B.Roxo x N.Iguaçu (Vera Cruz)
- 206 B.Roxo x Top Shopping (Transporte Blanco)
- 530 Geneciano x N.Iguaçu (Vera Cruz)
- 708 S.Francisco x Mesquita (Vera Cruz)
- 800 Nova Aurora x Madureira (Vera Cruz)
- 720 Nova Aurora x Bonsucesso (Vera Cruz)
- 421 Miguel Couto x Pavuna (Vera Cruz)
Publicado em: http://culturani.blogspot.com/2009/12/o-efeito-e-coletivo-e-o-bonde-nao-para.html
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